domingo, 7 de junho de 2009

AIDS



A sigla Aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus da Aids é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa.
Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Por isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter Aids. Ao desenvolver a Aids, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico ( de defesa ) dos seres humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. A pessoa portadora do vírus HIV, mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la.
Formas de Contágio
A Aids é transmitida de diversas formas. Como o vírus está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são : transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue. A Aids também pode ser transmitida da mão para o filho durante a gestação ou amamentação.
Principais Sintomas da Aids
Como já dissemos, um portador do vírus da Aids pode ficar até 10 anos sem desenvolver a doença e apresentar seus principais sintomas. Isso acontece, pois o HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Quando o sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa, começam a surgir os primeiros sintomas. Os principais são: febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer: pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago). Caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.
Formas de Prevenção
A prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio citadas acima. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais. Atualmente, existem dois tipos de preservativos, também conhecidos como camisinhas : a masculina e a feminina. Outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos. Instrumentos cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.
Tratamento
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.
Você sabia?
- Dia 1 de dezembro comemora-se o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Taxa é igual à observada nos países desenvolvidos
Pesquisa realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), encomendada pelo Programa Nacional de DST/Aids, revela que 73% dos pacientes brasileiros em tratamento anti-retroviral seguem corretamente as prescrições médicas. Este foi o primeiro estudo que avaliou, em escala nacional, a adesão do paciente ao tratamento da aids em países pobres.
No início dos anos 80 foi descoberta a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), doença provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que está presente no sangue (incluindo o fluxo menstrual), sêmen e secreções vaginais de pessoas infectadas.
Muitos pacientes podem ter o HIV e não desenvolver a Aids, pois pode levar até 10 anos para que apareçam os primeiros sintomas. Quando alguém tem Aids, o HIV destrói as células de defesa do corpo (anticorpos), o organismo enfraquece e várias doenças podem se manifestar. “O paciente acaba descobrindo que tem HIV devido às infecções oportunistas”, conta o médico infectologista Juvencio José Duailibi Furtado.
Pessoas infectadas desenvolvem anticorpos contra o antígeno HIV no prazo de 2 a 12 semanas após a infecção. Em alguns indivíduos um resultado positivo pode demorar até 6 meses para se manifestar. Para que possa se reproduzir (replicar), o HIV precisa penetrar na célula hospedeira (CD4).

Conheça seus direitos

Certamente você já ouviu que todos nascem livres e iguais, com direito à saúde, educação, trabalho e informação, e devem ter dignidade e direitos respeitados. O Brasil ainda não possui uma legislação específica para quem tem HIV/Aids, mas há uma série de direitos garantidos pela Constituição Federal.

Aids não é crime, castigo ou vergonha. Aids é epidemia, é doença. Homens que fazem sexo com homens, transexuais, heterossexuais, travestis, prostitutas, usuários de drogas injetáveis, mulheres, crianças e velhos: a Aids não faz distinção. Somos todos iguais perante essa doença. Por que as leis fariam diferenciação?

Porém, ainda há problemas, por exemplo, em relação à questão previdenciária. É o que diz Marilena Carrogi, assessora jurídica da ONG Pela Vidda, em São Paulo. “Pessoas portadoras do HIV demitidas por discriminação têm o direito de exigir indenização por danos morais e retornar ao trabalho, uma vez comprovada a discriminação. Mas os empregadores hoje estão mais informados e está difícil provar quando a discriminação acontece”, explica.

No entanto, houve mudanças desde o início da epidemia em relação aos direitos das pessoas com HIV/Aids: elas estão buscando os seus direitos. É o que afirma Frederico Moreira Neves, assessor jurídico da Casa de Apoio e Assistência aos Portadores do Vírus HIV (CAASAH), em Salvador (BA). Em parceria com o Ministério da Saúde, a CAASAH desenvolveu o projeto “Dignidade e Vida”, para levar ao soropositivo informações sobre os seus direitos. “Existe ainda muita ignorância e desconhecimento sobre o que fazer, por exemplo, quando são demitidos do trabalho. Não sabem a quem recorrer e que têm direito atendimento jurídico gratuito, quando não dispõem de recursos financeiros para pagar um advogado”, conta.

Através do Programa Nacional de DST/Aids, o governo brasileiro assumiu um compromisso com as pessoas que vivem com o vírus, garantindo-lhes acesso à saúde, prevenção, tratamento gratuito e, sobretudo, à vida. O programa é considerado hoje exemplo e referência mundial


De acordo com o Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, a epidemia da doença no Brasil está em processo de estabilização. Em 2003, foram diagnosticados 32.247 casos novos, com uma taxa de 18,2 casos por 100 mil habitantes. Entre 1980 e 2004 foram registrados 362.364 casos no País. A incidência da Aids diminuiu entre os homens, já que em 2003 registrou-se 22,6 casos por 100 mil homens (em 1998 o número foi de 26,3). Entretanto, a ocorrência entre as mulheres cresceu em 2003: 14,0 casos por 100 mil mulheres.
A mortalidade por AIDS foi 2% maior em 2003 do que a registrada em 2002, com 11.276 óbitos. A taxa de mortalidade permaneceu estável em 6,4 óbitos por 100 mil habitantes e em 8,8 por 100 mil homens, mas manteve a tendência crescente entre as mulheres e nas regiões Sul, Norte e Nordeste.
O Brasil tem, aproximadamente, 600 mil portadores do vírus HIV. Segundo previsão do Banco Mundial o Brasil teria 1,2 milhão de infectados pelo HIV no ano 2000. Dos 600 mil portadores do HIV, incluem-se as pessoas que já desenvolveram Aids e excluem-se os

Aumento de sobrevida nos portadores de HIV
O tempo de sobrevida do paciente cresce de cinco para 58 meses com o surgimento de terapias. Uma pessoa infectada pelo HIV+ vive 12 vezes mais. Entre 1996 e 2002 caiu em 50% a mortalidade. O país evitou 90 mil óbitos.
Projetos de lei
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou, no dia 16 de março, um projeto de lei ligado à Aids. O Projeto de Lei 2958/04, do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), torna obrigatória a instalação de placas com mensagens publicitárias voltadas à prevenção da Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis nos banheiros de edifícios públicos e privados. (Agência Câmara).
Aidético não!
Os termos corretos são: portadores de HIV, HIV+, pessoa que vive com HIV/ Aids ou doente de Aids (somente para quem já está desenvolvendo doenças oportunistas relacionadas à Aids).

Desde o primeiro caso de AIDS em crianças, publicado em 1982, essa doença tem sido causa de muito sofrimento entre essa faixa etária. Em 1997, a AIDS passou a ser a 11º causa de morte de crianças entre 1 a 4 anos de idade. A transmissão perinatal, ou seja, de uma mulher grávida com HIV para o feto, é responsável por 90% dos casos de AIDS em crianças. É estimado que cerca de 6.000 a 7.000 crianças nasceram com HIV desde 1989 e mais de 16.000 crianças infectadas durante ou perto do parto já nasceram desde o início da epidemia. Vários avanços, especialmente nos últimos 5 anos, com relação à transmissão, diagnóstico, tratamento e prevenção da infecção pelo HIV em crianças têm modificado tais números na atualidade.

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